Fazer a gestão de frotas é crucial para uma empresa e isso significa ter, em sua rotina, funções administrativas e financeiras. Dentre elas, o acompanhamento de gastos com pedágio. 

Se há alguns anos ele não era tão comum, hoje, com a privatização de diversas rodovias, pode se tornar excessivo. Principalmente no transporte rodoviário de cargas, visto que caminhões pagam um valor mais alto do que carros de passeio ou motos, por exemplo.

Os pedágios podem ser uma despesa significativa e também podem aumentar rapidamente se você não tomar cuidado. Embora seja um custo inevitável, ele pode ser reduzido em alguns casos. Quer descobrir algumas estratégias para isto? Continue lendo.

Por que o gasto com pedágio é necessário?

Os pedágios surgiram como uma forma de levantar recursos para a melhoria das estradas brasileiras. Como você bem sabe, as condições das rodovias em nosso país são precárias, mas já foram bem piores.

Elas começaram a passar por processos de melhorias através de concessões do governo à instituições privadas. Ou seja, a privatização.

A empresa que assume a rodovia passa a cobrar os valores de pedágio para custear despesas de construção, conservação e demais serviços para quem utiliza a estrada.

Como é feito o cálculo de pedágio?

Os valores do pedágio, embora sejam voltados para as empresas privadas, são definidos por órgãos federais, como a ANTT, e também órgãos estaduais, em alguns casos. Isto acontece a fim de evitar a cobrança de valores injustos para os motoristas.

O que é considerado no cálculo?

O cálculo considera vários elementos, como o tempo de concessão, quantidade de veículos que passam no trecho, qual o investimento da obra, entre outros. Mas, basicamente, para entender o que você paga quando atravessa uma dessas praças é que: 

Existe um custo fixo atrelado que é multiplicado pelo trecho que o pedágio engloba, variando conforme veículo de transporte e função da rodoviária de pedágio.

Esse primeiro custo é determinado pelos valores levantados necessários para realizar a reconstituição e manutenção do trecho que a praça cobre. 

Depois, existe o fator multiplicador que aumenta para cada meio de transporte, como motos multiplicam por “0,5” e carros por “1,5”. Porém, este é apenas um exemplo, cada município determina as taxas e o repasse é realizado para a extensão da rodovia.

Já quando falamos de uma frota de caminhões, também se inclui na conta o tamanho do caminhão por eixos. O valor final será a taxa mínima multiplicado pelo número de eixos que o veículo possui.

Também é preciso considerar as alterações de preço em determinados dias e horários da semana. Algumas praças têm essa variação aos finais de semana ou durante as madrugadas. 

A falta de informação sobre essa questão é um fator contribuinte para que o gasto com pedágio no final do mês venha como uma surpresa.

Além disso, existe um ocasional reajuste dos valores, sejam para implementar novas alterações na estrada ou aumentar as medidas de segurança. Portanto, o gestor e o motorista precisam estar sempre atentos às notícias do setor logístico e das regiões onde as suas operações de transporte acontecem.

Qual o valor médio do gasto com pedágio de uma frota?

A resposta pode variar de acordo com o tamanho da empresa e conforme o caminho utilizado. Afinal, há caminhos que podem não ter nenhum pedágio, mas alguns trechos podem ter diversos.

Um caminho de São Paulo a Ribeirão Preto, por exemplo, possui 8 pedágios em uma distância de apenas 330 km.

Outro fator relevante para determinar o valor mensal destinado para o pagamento de pedágios é o tipo de veículo utilizado na viagem. 

Isto porque os valores aumentam conforme aumenta o porte do meio de transporte — motos pagam em média R$ 3,00, carros cerca de R$ 5,00 e caminhões podem pagar entre R$ 8,00 e R$ 25,00 de acordo com o número de eixos e localização do pedágio.

Você pode usar métodos diferentes para acompanhar o gasto com pedágio total da operação e descobrir, por conta e com mais precisão, o custo médio da sua transportadora todos os meses. 

Através de recibos coletados pelos motoristas, sistemas de monitoramento de rota ou por meio de uma ferramenta de “passe livre” no pedágio. Mas cuidado, “passe livre” não significa que você passa sem pagar, apenas que o valor do pagamento será contabilizado automaticamente por uma tag instalada no veículo

Além de tornar mais prático o controle de custos, ajuda a otimizar o tempo da viagem, sem a necessidade de parar e realizar o pagamento manualmente com a atendente da praça.

Após entender bem quanto está gastando em pedágios todos os meses, você pode começar a tomar medidas para reduzir esses custos.

Que tipo de medidas tomar para saber exatamente o gasto com pedágio?

A sua frota já possui algum sistema para controle de gastos? Ainda que seja um método manual de controle, como por planilhas, é melhor que não ter nenhum meio oficial para registrar os gastos a analisá-los ao fim de cada mês.

Caso já tenha algum tipo de controle, a gestão de gasto com pedágio é complementar. Para entender melhor o que a frota gasta e como gerar a redução de custos:

Faça um levantamento dos veículos da empresa

Por que a listagem de veículos é importante? Com ela, você sabe exatamente quando mandar cada um para determinadas viagens.

Em uma frota de caminhões, será que compensa mandar dois caminhões de 2 eixos para enviar cargas para um mesmo local? Ou um de 3 eixos dá conta do transporte?

Pois, se o de 3 eixos suporta toda a carga que precisa chegar naquele destino, o pedágio sai mais em conta do que mandando os dois caminhões de 2 eixos.

Para uma operação de veículos leves, quantos carros são realmente necessários? Fica mais um exemplo aqui: 

Se for transportar uma equipe de 4 pessoas entre unidades da empresa, o melhor a fazer é combinar um horário em que todas possam compartilhar a viagem. Ao invés de mandar dois carros, dividindo a equipe.

Ou seja, com as informações de veículos e disponibilidades em mãos, você faz escolhas mais inteligentes e econômicas para a sua frota.

Entenda os cálculos antecipadamente

Ao invés de ter uma curiosidade e surpresa no final de cada viagem para saber o valor pago em pedágios, você deve fazer os cálculos antecipadamente. 

Para isso:

Planeje a rota e identifique as praças de pedágio no caminho. Certifique-se de analisar todas as rotas possíveis do ponto de partida até o ponto de chegada. Com auxílio de um GPS e/ou sistema de roteirização, busque os caminhos de melhor custo-benefício. 

Aqui, isto significa estradas que possuem condições razoáveis de rodagem, para não danificar os veículos, mas também tenham uma quantidade de pedágios menor.

Dica extra: acesse o site da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) para descobrir todas as praças de pedágio existentes em cada rota.

Além dessas informações, descubra os valores que precisa em cada estação. Colocando tudo junto, terá o cálculo geral de gasto com pedágio para a viagem.

Otimize a roteirização de viagens

A otimização de rotas é o que mencionamos acima. Isto é, buscar  todas as rotas e entender qual combina o caminho com as melhores estradas e, ao mesmo tempo, menos praças de pedágio.

Contudo, tenha atenção porque as rotas também devem considerar os caminhos mais curtos, pontos de parada estratégicos, tempo de viagem, consumo de combustível, e assim por diante.

Lembre-se que não adianta reduzir em 50% o valor pago em pedágio se, por exemplo, for enfrentar um caminho com mais curvas, semáforos ou tráfego urbano — todos fatores que aumentam o consumo de combustível da frota.

Adquira uma tag de pedágio

A tag pedágio torna os pagamentos da frota mais práticos. Por meio da roteirização eficiente, você já sabe o quanto vai gastar com pedágio. Ao menos que um acidente ou imprevisto na pista, que altere a rota percorrida, aconteça, esse valor não muda, certo?

Então, ao usar a tag, o motorista pode usar a passagem liberada nas praças de pedágio e a cobrança chega diretamente no aplicativo ou sistema para ser paga mensalmente. 

Em alguns casos, a tag pode cobrir valores de estacionamentos também. Conheça uma tag completa e eficiente para a sua frota aqui.

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