Todo gestor de frotas precisa passar por essa decisão sobre abastecer o veículo da frota: deixar os motoristas abastecerem conforme a necessidade ou definir um plano estruturado para encher o tanque em momentos estratégicos?
De um lado, abastecer sob demanda parece mais flexível, permitindo que os motoristas parem quando necessário. No entanto, essa abordagem no controle de abastecimentos pode gerar custos imprevisíveis, perdas de tempo com desvios de rota e até preços mais altos.
Por outro lado, encher o tanque de uma vez só pode garantir maior previsibilidade financeira e logística, mas será que essa estratégia sempre compensa? Isso é o que você vai descobrir agora!
Abastecer o veículo da frota: sob demanda ou com programação?
Enquanto algumas empresas preferem abastecer o veículo da frota apenas conforme a necessidade, outras adotam um planejamento estruturado para garantir mais previsibilidade e controle sobre os custos. Mas, qual dessas abordagens faz mais sentido para a sua frota?
Antes de definir uma estratégia, é fundamental avaliar como cada modelo pode impactar o consumo de combustível, a produtividade dos motoristas e o orçamento da empresa.
O abastecimento diário: abastecer aos poucos realmente compensa?
O abastecimento sob demanda ocorre sempre que o motorista percebe a necessidade de reabastecer, sem um planejamento prévio.
Muitas empresas acabam adotando essa abordagem por acreditarem que ela traz mais flexibilidade e evita gastos desnecessários com grandes volumes de combustível de uma só vez.
Na prática, abastecer aos poucos pode gerar perda de tempo operacional. Se um motorista precisa interromper a rota para encontrar um posto, ele pode acabar desviando do trajeto ideal, aumentando o tempo de deslocamento e reduzindo a produtividade da frota.
Outro fator que impacta é a oscilação no preço do combustível. Como o abastecimento ocorre sem previsibilidade, os motoristas podem acabar reabastecendo em períodos de alta nos preços ou em postos não credenciados, onde os valores são menos competitivos.
A falta de controle sobre os gastos deve também ser considerada ao abastecer o veículo da frota.
Quando cada motorista abastece de maneira independente, o gestor perde a capacidade de prever custos e otimizar o orçamento. Sem um sistema estruturado, é mais difícil monitorar possíveis desperdícios, fraudes e até abastecimentos feitos fora da política da empresa.
No entanto, abastecer aos poucos pode ser uma alternativa viável para frotas que operam em trajetos curtos e com postos confiáveis ao longo do caminho. Mas vale o lembrete de que isso só irá funcionar na prática se você manter um controle rígido e se os abastecimentos forem feitos estrategicamente.
O abastecimento programado: vale a pena abastecer a frota de uma vez só?
O abastecimento programado segue um planejamento definido pelo gestor da frota, considerando fatores como preços, rotas e consumo médio da frota. Essa abordagem busca garantir previsibilidade financeira, otimização de tempo e redução de custos.
Uma das principais vantagens desse modelo é a possibilidade de negociação de preços com fornecedores. Quando a empresa define um cronograma de abastecimento e utiliza postos credenciados, pode obter descontos por volume e garantir um custo por litro mais competitivo.
Isso ajuda a combater as oscilações de preço e melhora o planejamento financeiro da operação.
Outro benefício é a redução no tempo de paradas para abastecimento. Com uma programação bem definida, os motoristas não precisam interromper suas rotas inesperadamente para reabastecer, o que melhora a produtividade e evita atrasos nas entregas.
E tem um adicional: o abastecimento programado aumenta a segurança contra fraudes e desvios. Quando você sabe onde e quando os veículos são abastecidos, há uma redução no risco de transações indevidas ou quebra das regras de abastecimento da frota.
No entanto, o modelo também tem seus desafios. Por exemplo, se o preço do combustível estiver alto no momento programado para o abastecimento, a empresa pode acabar pagando mais do que se tivesse uma estratégia mais flexível.
Outro possível contratempo é que manter os veículos sempre com o tanque cheio pode imobilizar o capital desnecessariamente, o que pode ser um problema para operações com margens mais apertadas.
Encher o tanque economiza gasolina ou gera desperdício?
Encher o tanque é de fato uma boa ideia ou apenas mais um dos mitos sobre o consumo de combustível? Você pode ficar tranquilo, a verdade é que pode ser, sim, uma boa estratégia, mas apenas quando há planejamento e previsibilidade no abastecimento.
Quando a frota tem um contrato com postos credenciados e consegue negociar preços mais baixos para abastecimentos programados, essa abordagem ajuda a trazer economia a longo prazo.
Essa mesma estratégia pode trazer desvantagens se considerarmos o fator preço.
Quando o combustível estiver mais caro no momento do abastecimento e a empresa decidir encher todos os tanques de uma só vez, pode acabar pagando mais do que se tivesse uma estratégia mais flexível, com abastecimentos distribuídos ao longo do mês.
Mas então, encher o tanque economiza combustível?
Sim! Rodar com o tanque de combustível cheio pode contribuir para a economia de combustível na frota, tanto porque a queima do combustível ocorre de maneira mais eficiente quanto porque há menos desvios e paradas para abastecimento ao longo do trajeto.
No entanto, é importante ressaltar que um tanque cheio não significa que o veículo deva rodar no limite da capacidade. O ideal é manter um planejamento equilibrado para evitar sobrepeso desnecessário e garantir que o abastecimento aconteça nos momentos mais estratégicos.
E abastecer pouco prejudica o sistema de combustão?
Sim, abastecer pouco e rodar frequentemente com o tanque quase vazio pode ser prejudicial para o sistema de combustão do veículo.
Com níveis muito baixos de combustível, impurezas acumuladas no fundo do tanque podem ser sugadas para o sistema de injeção, afetando o desempenho do motor e aumentando o risco de falhas mecânicas.
Em motores modernos, o combustível também tem a função de ajudar a resfriar a bomba de combustível. Quando o nível de combustível está constantemente baixo, a bomba pode superaquecer e sofrer desgaste prematuro, resultando em mais gastos com manutenção e reparos.
Afinal, qual a melhor estratégia para abastecer o veículo da frota?
Não existe uma resposta única para essa pergunta, pois a melhor estratégia de abastecimento depende do perfil da frota, das rotas operadas e das condições do mercado de combustíveis.
Se a empresa tem um bom controle de consumo e consegue negociar preços vantajosos, abastecer a frota de uma vez só pode ser a melhor opção para evitar oscilações de preços e reduzir o tempo perdido em paradas frequentes.
Por outro lado, em operações onde os preços variam muito e há postos credenciados ao longo da rota, o abastecimento sob demanda pode trazer mais flexibilidade, desde que haja um controle rigoroso para evitar gastos desnecessários e abastecimentos emergenciais.
Independentemente da abordagem escolhida, o sucesso na gestão de abastecimento de combustível depende de um planejamento eficiente. Para isso, é essencial:
- Monitorar o consumo da frota: acompanhar indicadores como km/L e custo por quilômetro rodado para identificar padrões e desvios.
- Definir uma política clara de abastecimento: estabelecer regras sobre onde, quando e como os motoristas devem abastecer.
- Negociar com fornecedores: buscar parcerias com postos credenciados para garantir preços mais competitivos.
- Utilizar tecnologia para controle: contar com um sistema de abastecimento que permita rastrear cada transação e evitar fraudes.
Quando o abastecimento é tratado de forma estratégica, ele deixa de ser apenas um custo operacional e se torna uma oportunidade de reduzir o gasto com combustível na frota e aumentar a produtividade das operações.
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